Os restos mortais de Chandinho, um jovem de 16 anos, foram enterrados ontem na Machava, cidade da Matola, em meio a protestos da comunidade local.
Moradores acusam um agente do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), conhecido como "Soberano", de ser o responsável pela morte do menor, que teria sido alvejado na cabeça e nas costas, resultando em morte imediata.
Após as acusações, "Soberano" divulgou um vídeo negando qualquer envolvimento no incidente. No registro, ele afirma: "Aqui é o Isaías, o Soberano.
Estou muito triste, porque pessoas de má fé estão a partilhar informações falsas. Estou em casa com a minha família, longe da Machava."
Apesar da negação, a população permanece convencida da culpa do agente, afirmando que ele disparou contra Chandinho enquanto o jovem levantava dinheiro.
Testemunhas relatam que "Soberano" fugiu do local após o crime e que ele tem sido visto frequentemente na área.
Os moradores enviaram recados de que ele "não escapará" à justiça popular.
Na manhã de ontem, em um ato de protesto, a comunidade levou o caixão de Chandinho até a esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM).
No entanto, a situação se intensificou quando agentes da PRM usaram gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Clique para continuar..