A poucos dias das eleições gerais, cerca de dois mil membros de mesas de voto (MMV) do distrito municipal de KaMavota manifestaram descontentamento com o subsídio de quatro mil Meticais estipulado pelo STAE.
O grupo exige o dobro do valor, temendo que a baixa remuneração os torne vulneráveis a manipulações no dia 9 de outubro.
Nesta segunda-feira, os MMV foram convocados para assinar contratos de prestação de serviços que abrangem cinco dias de trabalho, até 11 de outubro.
Insatisfeitos, os membros alegam que a carga de trabalho deste ano é significativamente maior do que no anterior, mas o pagamento não reflete essa realidade.
“Comparando com o ano passado, onde tivemos uma única urna e recebemos subsídio de alimentação, este ano não há essa compensação.
O presidente da mesa recebeu 6000 Meticais no ano passado, enquanto este ano o subsídio é apenas de 5000 Meticais, sem alimentação”, criticou um dos membros.
Além do aumento do subsídio, os MMV também reclamam da falta de refeições durante o dia da votação, o que pode afetar seu desempenho.
“Trabalhar sem almoço compromete a qualidade do nosso trabalho. Para garantir um processo transparente, precisamos de condições adequadas”, afirmou uma fonte anônima.
O descontentamento gerou preocupações sobre a possibilidade de manipulações eleitorais, caso um partido ofereça incentivos financeiros.
“Se alguém prometer um valor maior, muitos podem se deixar levar. Precisamos de justiça e clareza para trabalhar em harmonia”, alertou um membro da mesa.
A insatisfação com os subsídios não é exclusividade de KaMavota.
Em Nampula, também houve rejeição ao valor estipulado, resultando em confusões que exigiram a intervenção da polícia.
O STAE considera essas atitudes como tentativas de desestabilizar o processo eleitoral. Clique para continuar